Quase todos nós temos alguém, próximo ou não, que admiramos. São pessoas que se convertem em referências, cujas condutas seguimos religiosamente.
Passando do geral para o particular e dado que este é um blog sobre Moda, arriscaria afirmar que todas nós nos deixamos influenciar por alguém cujo estilo nos fascina. Estarei enganada?
Eu própria identifiquei instintivamente, desde muito cedo, as minhas próprias figuras de culto.
Há cerca de 15 deixei-me encantar pelo glamour da realeza do Mónaco. Numa primeira fase, a perfeição e a sofisticação da actriz norte-americana Grace Kelly, convertida em Princesa do “Rochedo”. Actualmente a sua neta Charlotte Casiraghi, é uma digna herdeira da sua beleza e uma referência de elegância e bom gosto.
Foi por influência desta última que comecei a coleccionar encharpes e a usar o cabelo apanhado num coque. Tendência que mantenho até hoje.
O interessante da questão é perceber porque nos deixamos influenciar por estas individualidades e não por outras.
Muitas vezes, essa selecção inconsciente e pouco racional é feita com base nos aspectos que partilhamos em comum. É uma projecção daquilo que somos ou do que gostaríamos de vir a ser.
No fundo funcionamos por “imitação”. Mas o que é o processo de socialização a que somos sujeitos desde o momento do nascimento, senão um sistema de assimilação da cultura que nos é própria?
Afinal cada um de nós não é mais do que uma miscelânea de outros “eus” com que nos fomos cruzamos ao longo da vida.
E a Moda é isso, é personalidade, é cultura, é vida.
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