
"Há alguém mais bela do que eu?!"
Esta famosa pergunta que a rainha má faz ao espelho mágico no conto infantil "Branca de Neve e os Sete Anões" da Disney serve de mote para desenvolver o tema que vou hoje abordar, a vaidade.
Sei que sou vista como uma pessoa vaidosa mas nunca me preocupei em contrariar essa imagem.
Não raras foram as vezes que algumas pessoas depois de me conhecerem afirmaram ter construído uma ideia sobre mim muito distante da realidade.
Se ser vaidosa é ter uma aparência saudável e cuidada e gostar de me sentir sempre bem comigo própria, lamento dizer-vos que essas apreciações só podem vir de mentalidades tacanhas e limitadas.
A verdade é que as pessoas lidam mal com os sentimentos de inferioridade que elas próprias despoletaram, na maioria das vezes, sem fundamento.
Alguém que se cuida significa que gosta de si e que o faz para e por si e não para atingir ou inferiorizar os outros. Aliás, quem de deixa afectar por estes detalhes já atribuiu a si mesma um fardo enorme, permitindo-se a ter uma vida e alma vazias. Não precisa que ninguém o faça por ela!
Infelizmente o mito de que uma pessoa fisicamente agradável é limitada intelectualmente ainda está muito enraizado. Julgo que este argumento servirá de consolo para quem se considera menos dotada pela natureza mas que está convencida de ter sido compensada com um espírito superior e empreendedor.
Mas basta olharmos à volta para constatarmos que a realidade é bem diferente daquela que estas mentes pobres idealizaram.
O que não falta por aí são pessoas bonitas e inteligentes, completas, bem sucedidas e felizes.
E eu, considero-me sem qualquer pudor ou reserva, uma delas. Tenho muito mais do que sonhei e desejei para mim. Mas continuo a ter uma ambição saudável e a querer ser a cada dia que passa uma pessoa melhor e acima de tudo uma melhor mãe.
Se isso é ser vaidosa, serei vaidosa até morrer!
Vaidade, para que te quero?!